ALOJAMENTO LOCAL: DO PARAÍSO AO INFERNO - O IMPACTO DA COVID 19 E AS ESTRATÉGIAS PARA RECUPERAR O INVESTIMENTO, EM PORTUGAL
Resumen
Este estudo visa superar a falha epistemológica no que respeita ao impacto da COVID 19 no alojamento local, como oferta turística e, as estratégias que se têm que adotar para ultrapassar a passagem dum paraíso, para um inferno, na vida de sobrevivência dos proprietários de unidades de alojamento local.
O crescimento do Alojamento Local gerou bons e maus resultados: por um lado, permitiu que os proprietários de prédios urbanos muito degradados, a necessitar de intervenção, os reabilitassem, por vislumbrarem uma forma de recuperação do investimento, a par da existência de agregados familiares que encontraram um modo de aumentar o seu rendimento mensal; por outro lado, o aumento exponencial deste tipo de alojamento criou vários perigos para as edilidades municipais: o risco de “desertificação” dos centros urbanos pelos residentes locais habituais e permanentes, a par da pressão das rendas, a polarização social, de entre outros riscos que conduziram ao fenómeno da “gentrificação”.
A situação pandémica gerou uma “destruição” real do mercado de alojamento local, criando um “inferno” para os empresários que se vêm a braços com cancelamentos das reservas, uma vez que, a par do medo de viajar, o cancelamento de voos e as restrições sanitárias, os turistas desistem de viajar e, consequentemente, as unidades de alojamento passam a estar desertas e têm tido muitas dificuldades em garantir a sobrevivência do setor.
Ao longo do presente estudo, propomo-nos analisar os dados que revelam o impacto negativo neste tipo de oferta turística e as alternativas que têm sido criadas para minimizar o impacto destes resultados.
Citas
Bourdieu, P. (1984). Distinction: A Social Critique of the Judgement of Taste. Cambridge, Massachussets: Harvard University Press.
Brito, S. P. (2011). Direção Geral do Turismo. Contributos para a sua história. Lisboa: Turismo de Portugal, I.P.
Cherry, C.E., Pidgeon, N.F.,(2018), Is sharing the solution? Exploring public acceptability of the sharing economy, Journal of Cleaner Production, U.K.
Cunha, L.(2017).Turismo e Desenvolvimento.Realidades e Perspectivas.Lisboa:Lidel Editora.
Gagliardi, C. M. R. (2009). Turismo e cidade, In C. Fortuna, & R. P. Leite (Eds), Plural de Cidade: Novos Léxicos Urbanos. Coimbra. Almedina.
Grazian, D. (2010). Desmistifying Authenticity in the Sociology of Culture, In J. R. Hall, L. Grindstaff & M.-C. Lo (Eds.), Handbook of Cultural Sociology. London & New York: Routledge.
INE (2018)-Instituto Nacional de Estatística-Estatística do Turismo:2018.Lisboa, INE,2019.ISBN-978-989-25-0497-1.
Kagan, Wolfgang, Matzlar,Kurt, Veider,Viktoria,(2016), The sharing economy: your business models friend or foe?, Business Horizons, Indiana University.
Quintas, P. (2015). Legislação Turística Anotada. Coimbra: Livraria Almedina.
Resolução do Conselho de Ministros no134/2017, publicada no Diário da República de 27/09/2017.
Richards, G. (2014). Tourism Trends: The convergence of Culture and Tourism. Available from: www.academia.edu.
Shepherd, R. (2002). Commodification, Culture and Tourism. Tourist Studies, 2(2), 183- 201.
Silva, F. (2017. Planeamento e desenvolvimento turístico. Lisboa: Lidel Editora.
UNL(2016) O Alojamento Local em Portugal-Qual o fenómeno?Estudo da Nova School of Business and Economics e Faculdade de Direito para a Associação de Hotelaria de Portugal.
ET2027. (2017). Estratégia Turismo 2027. Turismo de Portugal I.P.
Gauthier, B. (2003). A estrutura da prova. In B. Gauthier (Ed.), Investigação Social: da problemática à colheita de dados (pp. 143-174). Loures, Portugal: Lusociência
INE (2019). Estatística do Turismo: 2019. Lisboa: INE.
Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento 4.0.
Las obras que se publican en esta revista están sujetas a los siguientes términos:
1. Asociación de Investigaciones de Turismo (la editorial) conserva los derechos patrimoniales (copyright) de las obras publicadas, y favorece y permite la reutilización de las mismas bajo la licencia de uso indicada en el punto 2.
2. Las obras se publican en la edición electrónica de la revista bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 3.0 España (texto legal). Se pueden copiar, usar, difundir, transmitir y exponer públicamente, siempre que: i) se cite la autoría y la fuente original de su publicación (revista, editorial y URL de la obra); ii) no se usen para fines comerciales; iii) se mencione la existencia y especificaciones de esta licencia de uso.
3. Condiciones de auto-archivo. Se permite y se anima a los autores a difundir electrónicamente las versiones pre-print (versión antes de ser evaluada) y/o post-print (versión evaluada y aceptada para su publicación) de sus obras antes de su publicación, ya que favorece su circulación y difusión más temprana y con ello un posible aumento en su citación y alcance entre la comunidad académica.